sexta-feira, 15 de maio de 2015

Smiths x Joy Division


Antes que você se pergunte porque estou falando de outra banda aqui, esse post é justamente para falar sobre as impressões que uma banda tinha da outra, já que foram contemporâneos e compartilham os mesmos fãs.

Acabou de sair a edição nacional da biografia do Joy Division escrita pelo baixista Peter Hook. O Joy Division não é das minhas bandas preferidas, mas gosto (confesso que em momentos desesperadores, já foram a trilha sonora algumas vezes), além de que adoro ler sobre música e personalidades que admiro. Sendo assim, encomendei o livro já na pré-venda e ganhei a camiseta de brinde. Devorei o livro em 7 dias. Me surpreendi que a história de uma banda com um histórico tão problemático e músicas tão sombrias e introspectivas, pudesse ser tão divertida. Peter Hook é hilário!

Hook cita os integrantes dos Smiths em 2 ocasiões. Primeira sobre o lendário show dos Sex Pistols em Manchester em 1976, que encorajou uma geração a persistir seu sonho e formar uma banda. Naquela noite vários futuros músicos estavam presentes, entre eles Morrissey. E depois comenta sobre a parceria de Bernard Sumner com Johnny Marr no Electronic, e diz que achou estranho Sumner ter "liberado" a guitarra para Marr, já que ele é muito melhor guitarrista que o Marr (uhum rsrsrs). Inclusive ele já disse que Sumner criou linhas de guitarra marcantes e que Marr nunca criou nenhuma além de How soon is now? Vou emprestar alguns discos pra ele...

Fui pesquisar no YouTube e achei esse vídeo onde Marr diz que o Joy Division costuma ser descrito como o som característico de Manchester e ele discorda. Morrissey diz que as pessoas ficam fascinadas com a morte e a banda recebeu uma luz que nunca teve quando Ian estava vivo, e que "a morte é mais fascinante que a vida as vezes".

Clique aqui para assistir : Morrissey & Marr on Joy Division

Por outro lado, Hook em entrevistas já chamou Morrissey de "boceta" e que disse que "o mais legal nele é que se você tem algum problema com Morrissey, você deve resolver com a mãe dele". Já disse também que Rob Gretton, o empresário do Joy, ODIAVA o Morrissey e costumava dizer que ele não tinha coragem de fazer o que Ian fez.

Atualização: Esqueci de comentar que na Autobiografia do Moz, ele cita na página 116 que conheceu Ian Curtis e que Ian às vezes telefonava para ele "para testar minha paleta de palavras". Mas o elogiou dizendo que ele era original e estava tentando os primeiros poemas.