segunda-feira, 7 de julho de 2014

World Peace Is None of Your Business - chegou!




Como estou há dois meses sem postar, todos os fãs já estão sabendo que este mês sai o décimo álbum da carreira solo do Moz, World Peace Is None of Your Business.

Depois de ver os vídeos promos com versões faladas de algumas músicas, a curiosidade só aumentou! Os vídeos são incríveis (principalmente o com a participação da Nancy). Mas pra mim, não basta ouvir todas as faixas na internet, enquanto não tiver o cd nas mãos para minha coleção, não estarei satisfeita :)

E atenção: a conceituada revista de música Mojo traz na capa do número de Agosto - "Morrissey - Seu melhor álbum em 20 anos!".


terça-feira, 29 de abril de 2014

Rusholme Ruffians




"Quando era criança, fui literalmente criado em um lugar onde eventualmente havia parques de diversões. Era um local de tremenda violência, ódio, estresse e muito romance e todas as coisas vitais da vida. 
Era realmente o espaço onde aprendíamos tudo ao mesmo tempo, 
querendo ou não." - Morrissey


Desordeiros de Rusholme

A última noite da feira
Próximo ao gerador da roda gigante
Um garoto é apunhalado
E seu dinheiro é roubado
E o ar flui pesado como um vinho anestesiante
Ela é famosa
Ela é engraçada
Uma aliança de noivado
Não significa nada
Para uma mente consumida pelo dinheiro
E embora eu volte para casa sozinho
Eu posso voltar para casa sozinho...
...Mas minha fé no amor continua devota

A última noite na feira
Em um carrinho giratório
A saia dela levanta para um olhar atento
É um traço horrível (herdado da mãe dela)
Em um carrinho giratório
A saia dela levanta para um olhar atento
É um traço horrível (herdado da mãe dela)
E embora eu volte para casa sozinho
Eu posso voltar para casa sozinho...
...Mas minha fé no amor continua devota

E então alguém se apaixona
E alguém é espancado
Alguém é espancado
E os sentidos sendo anestesiados são meus
E então alguém se apaixona
E alguém é espancado
E os sentidos sendo anestesiados são meus
E embora eu volte para casa sozinho
Eu posso voltar para casa sozinho...
...Mas minha fé no amor continua devota

Esta é a última noite da feira
E a brilhantina no cabelo
Do operador da pista de corridas
É tudo que um coração trêmulo requer
Uma estudante é impedida
Ela disse "quão rápido eu morreria
Se eu pulasse do alto do pára-quedas?"

Então... rabisque meu nome no seu braço
Com uma caneta-tinteiro
(isso significa que você me ama de verdade)
Rabisque meu nome no seu braço
Com uma caneta-tinteiro
(isso significa que você me ama de verdade)

E embora eu volte para casa sozinho
Eu posso simplesmente voltar para casa sozinho
Mas minha fé no amor continua devota
Eu posso voltar para casa sozinho
Mas minha fé no amor continua devota
Eu posso voltar para casa sozinho
Mas minha fé no amor continua devota

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Johnny Marr promete autobiografia


Johnny Marr on releasing an autobiography:
 'It's going to happen' 


Guitarist to follow former Smiths' bandmate Morrissey 
by releasing his own memoirs


Johnny Marr has revealed that he is planning on releasing an autobiography in the "next couple of years". 

The guitarist's former Smiths' bandmate Morrissey published his autobiography earlier this year and the book has subsequently gone onto be a huge success. The Penguin published memoir sold just under 35,000 copies in its first week of sale and has been tipped to become a Christmas bestseller according to high-street retailer Waterstones.

In an interview with Brooklyn Vegan, Marr was asked if he had any plans to release his own autobiography and the guitarist responded: "There is gonna be one, yeah. I've had so many offers and so many people advising me that my story is worth it, but I understand it's something that I have to do."

He went onto add: "I'll do it in the next couple of years. I'm into from the stance that I want it to be so thorough that I don't make a record or tour whilst I was doing it. It is gonna happen, and I've already made an agreement with a publisher for it, so I will get it done."

Last month, it was revealed that Marr is working with Pharrell Williams and Hans Zimmer on the score to The Amazing Spider Man 2. A tweet from Marc Webb, director of the eagerly anticipated comic book sequel, showed a picture of Marr with Williams and Zimmer as well as Incubus guitarist Mike Einziger. The tweet, which you can see below, confirmed that the four musicians are working on music for the film, which will be released in 2014. 


Publicado em:  http://www.nme.com/news/johnny-marr/73849#2JkuOkCLm7E6avoG.99

Mais sobre Rourke




"Durante toda a minha vida tive essa sensação de que não viveria muito. Então, nunca fiz nenhum plano além de 25 ou 26 anos. Eu não achava que ainda estaria aqui. Eu apenas improviso todos os dias."

Sobre a primeira vez que Andy Rourke tocou com os Smiths, Andy disse que
"era como se não fosse eu tocando baixo, era como se eu estivesse possuído".

"Eu tinha 100% de fé na música, mas tinha algumas dúvidas quanto a Morrissey. Eu gostava das letras. Eram provocativas e iam contra a corrente do que estava sendo feito na época."


sexta-feira, 18 de abril de 2014

Hand in Glove


A escolha como primeiro single foi unanimidade entre os quatro.

"Até mesmo eu achei que ela fosse sobre nós dois quando a fizemos, simplesmente porque estávamos passando muito tempo só nós dois juntos na época". - Johnny Marr


"Parece ser a trilha sonora de toda minha vida". - Morrissey






Mão na Luva
O sol brilha nas nossas costas
Não, não é como nenhum outro amor
Este é diferente porque somos nós
Mão na luva
Nós podemos ir para qualquer lugar que nos agrade
E tudo depende apenas
Do quão perto voce esteja de mim
E se as pessoas olharem, então as pessoas olham
Oh, eu realmente não sei e realmente não me importo
(beije minhas sombras...)

Mão na luva
As "pessoas de bem" riem
Sim, podemos estar escondidos atrás de farrapos
Mas temos algo que eles nunca terão
Mão na luva 
O sol brilha nas nossas costas
Sim, podemos estar escondidos atrás de farrapos
Mas temos algo que eles nunca terão
E se as pessoas olharem, então as pessoas olham
Oh, eu realmente não sei e realmente não me importo
(beije minhas sombras...)

Então, mão na luva
Eu declaro a minha ordem
Lutarei até o último suspiro
Se eles ousarem tocar num fio de cabelo seu
Eu lutarei até o último suspiro
Pois a vida boa está lá fora em algum lugar...
Então fique no meu braço, pequeno charmoso
Mas eu conheço minha sorte muito bem
Sim, eu conheço minha sorte muito bem
E eu provavelmente nunca mais verei você outra vez
Eu provavelmente nunca mais verei você outra vez
Eu provavelmente nunca mais verei você outra vez...


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Andy Rourke no Brasil 2


 

The Queen is Dead... Um dos meus discos autografados...

Novo disco do Moz


Moz divulgou no True to You os títulos das músicas de seu novo álbum, com previsão de lançamento entre junho e julho deste ano!


World Peace Is None of Your Business


"World Peace is None of Your Business"
"Neal Cassady Drops Dead"
"Istanbul"
"I'm Not a Man"
"Earth Is the Loneliest Planet"
"Staircase at the University"
"The Bullfighter Dies"
"Kiss Me a Lot"
"Smiler With Knife"
"Kick the Bride Down the Aisle"
"Mountjoy"
"Oboe Concerto"

Johnny Marr no Brasil



Setlist Johnny Marr Lolla

The Right Thing Right 
Stop Me If You Think You've Heard This One Before 
Upstarts 
Sun & Moon 
New Town Velocity 
Generate! Generate! 
Bigmouth Strikes Again 
Word Starts Attack 
Getting Away with It 
I Fought the Law 
How Soon Is Now? 
There Is a Light That Never Goes Out 

sábado, 12 de abril de 2014

Andy Rourke no Brasil






Viajei 4 horas ontem para ver Andy Rourke de perto. Andy discotecou por cerca de 1h30  em Ribeirão Preto e tocou 3 sons dos Smiths: "The headmaster ritual",  "Rubber Ring" e "How soon is now?", a música que sem dúvida , foi a trilha sonora da minha adolescência (foram muitas as noites em que a dancei numa pista escura cantando a plenos pulmões).



Significou muito para mim, depois de tantos anos de absoluto fanatismo estar de frente com um dos integrantes da minha banda favorita, ainda mais porque Andy foi muito simpático e tirou várias fotos comigo, além de autografar 4 cds. Mais um dia inesquecível!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Lollapalooza 2014 - inesquecível!


O que dizer sobre ver ao vivo, no mesmo palco, dois integrantes dos Smiths?

Além do show do Johnny ter sido fantástico com várias músicas dos Smiths, ainda rolou a participação surpresa de Andy para tocar o clássico How soon is now?

Um dia para nunca mais ser esquecido...



Com Andy Rourke, Johnny Marr faz show possível do Smiths no Lollapalooza

Tiago Dias

Do UOL, em São Paulo

Não importa quantas vezes Morrissey tenha tocado no Brasil, lançado flores ao público e aberto sua camisa para a plateia. Foi com Johnny Marr que os fãs brasileiros chegaram próximo a um show do Smiths. Sem muito alarde, o ex-guitarrista da banda chamou ao palco do Lollapalooza 2014, neste domingo (6), o baixista Andy Rouke, antigo companheiro de banda, para um encontro surpresa.

"Eu tenho uma surpresa para vocês", disse Marr, já no final de sua apresentação. "Andy Rouke, do Smiths", anunciou. O público, que já cantava canções de sua carreira solo e hits do Smiths, como "Stop Me If You Think You've Heard This One Before" e "Bigmouth Strikes Again", foi à histeria com o encontro de metade da veterana banda britânica. 

Rouke entrou taciturno, todo de preto, com óculos de lentes avermelhadas e seu baixo para acompanhar Marr em "How Soon is Now?", outro clássico da extinta banda, em uma das melhores versões da música já ouvida. Tão importante quanto reconhecer a voz murmurada de Morrissey é notar o riff marcante da música pelas mãos de Marr e o baixo de Rouke. "Fique para sempre", gritou alguém da plateia para a dupla.

Chamando-o de "badass" (durão), Marr deu um abraço tímido em Rouke para, então, cantar sozinho a última canção do show, talvez a mais conhecida do Smiths, "There's a Light That Never Goes Out", acompanhada em uníssono por uma plateia satisfeita e aos prantos. Foi como um encontro entre Paul McCartney e Ringo Starr, guardadas as devidas proporções.

"Estou tão sem palavras, não consigo nem falar", disse Camila Federice, 16, enxugando as lágrimas. "Foi do nada, ninguém estava esperando. Esse encontro não aconteceu no Chile nem na Argentina". E como uma jovem de 16 anos tem essa afeição tão grande com a banda de Manchester que ficou ativa entre 1982 e 1987? "Meus pais me educaram", respondeu. "Com tanta b**** aí, ouvir metade do Smiths no palco me deixa sem reação".

Gilson Honorato, de 43 anos, também estava em estado de graça. "Eu espero isso desde os anos 80. Mesmo sem o Rouke [em toda a apresentação], é um show mais eletrizante que o do Morrissey", relatou o manauara, que veio do Rio de Janeiro para assistir ao show.


Relevante


O show que Marr apresentou no palco Ônix, neste segundo e último dia do Lollapalooza, não foi apenas um resgate do Smiths. O público acompanhou e cantou as canções da carreira solo do guitarrista, como as ótimas "The Right Thing Right" e "Generate! Generate!", do único disco do músico, "The Messanger" (2013), que não deve nada à herança do Smiths e é relevante frente às novas bandas que bebem na fonte da extinta banda.

Marr fez pose e dominou praticamente os solos e riffs das canções, mostrando que a fratura na mão, semanas antes das apresentações na América do Sul, não prejudicou na virtuose. Fez questão de forçar no português: "Muito obrigado, estou feliz de estar com vocês". A plateia respondeu: "Olê, olê, Johnne, Johnne". De quebra, dedicou uma canção para o New Order, que toca mais tarde no festival, em "Getting Away With It" e relembrou os conterrâneos do The Clash, com a cover de "I Fought the Law", da banda The Crickets.

Marr provou que é possível reverenciar o passado sem deixar de olhar para frente. "Esta canção vai para o pessoal aqui da frente, o pessoal lá de trás e ninguém mais", disse antes dos primeiros acordes. Mais cedo, mandou outro recado antes de "Bigmouth Strikes Again": "Essa é para os meus velhos amigos. E para meus novos amigos". 

Publicado em: http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2014/04/06/com-andy-rourke-johnny-marr-faz-show-possivel-do-smiths-no-lollapalooza.htm

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Últimas notícias


1) Faltam 3 dias para o show de Marr no Lollapalooza!!! Quem for assistir pela tv, o canal Multishow transmitirá o festival ao vivo no sábado e no domingo. 

2) Marr confirmou que já tem todas as músicas escritas para o seu novo álbum solo e já tem parte gravado.

3) Foi lançada recentemente a versão em português do livro "The Smiths" por Tony Fletcher. Estou esperando o meu chegar pelo correio. Comprei o meu na Livraria Cultura por R$ 70,00.

4) Falta um pouco mais de uma semana para recebermos em solo brasileiro mais um membro da nossa amada banda The Smiths. Andy Rourke fará uma mini tournê em 3 cidades de SP (pelo que se sabe até agora).


quinta-feira, 13 de março de 2014

Só pode ser brincadeira!

Johnny Marr quebra a mão e pode não tocar guitarra no Lollapalooza Brasil




Atração da versão brasileira do Lollapalooza, o músico Johnny Marr quebrou a mão direita e publicou foto no seu Facebook nesta quarta-feira (12). Na imagem, ele mostra a imobilização feita por um profissional da área da saúde e coloca um link para uma matéria do site NME.

De acordo com a publicação, o ex-guitarrista do Smiths se machucou ao fazer corrida em Londres. Ele bateu o ombro e fraturou seriamente a mão.  Em entrevista ao site, o músico disse que o plano é fazer shows desde que possa tocar guitarra ao tirar o gesso.

"Normalmente isso levaria seis semanas, mas espero que tudo dê certo, está um pouco no ar a essa altura. Posso ter que começar a beber pesado", brincou ele.

No entanto, de acordo com a Time For Fun - responsável pelo Lollapalooza -, Johnny não cancelou sua apresentação no Brasil até o momento. "Nada impede que ele faça os próximos shows com um guitarrista contratado, apesar de ele manifestar a vontade de tocar o instrumento", disse a assessoria do festival.

Johnny deve se apresentar no domingo, dia 6 de abril, às 14h20, no Palco Onix. Antes dessa data, Johnny aind atem shows programados em Leeds, na Inglaterra, nos dias 24 e 25 de março.


Publicado em: http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2014/03/12/johnny-marr-quebra-a-mao-e-pode-nao-tocar-guitarra-no-lollapalooza-brasil.htm

sábado, 8 de março de 2014

Morrissey anuncia o nome do novo disco

Álbum solo do ex-The Smiths interrompe um hiato de cinco anos 
desde o lançamento de Years of Refusal



Agora que Morrissey está em estúdio gravando o primeiro disco desde Years of Refusal, de 2009, o ícone do rock alternativa decidiu anunciar o título do trabalho: World Peace Is None of Your Business. A data “provisória” do lançamento será entre junho e início de julho, de acordo com o site dedicado a Moz True to You.

A página afirma que “além do êxtase” com as 12 faixas do disco. O produtor Joe Chiccarelli, cujo currículo de trabalhos tem nomes como Alanis Morissette e Strokes, gravou todas as músicas com Morrissey na França. A dupla e músicos que participaram de Years of Refusal entraram no estúdio no dia 1º de fevereiro.

Quanto ao título, Morrissey pode não ser um diplomata, mas conhece um pouco sobre a paz mundial. No ano passado, ele fez uma apresentação na entrega do prêmio Nobel da Paz, em Oslo (Noruega), na qual, entre outras canções, ele executou uma versão de “Satellite of Love”, de Lou Reed. Posteriormente, ele lançou um single com outra versão ao vivo da música, gravada em Las Vegas.

Há muito tempo Morrissey justificava que o álbum demorou a sair porque ele esperava por um contrato razoável com uma gravadora e não pretendia lançar o disco independentemente. “Eu sou independente o bastante sem vender CDs no fundo da minha van”, disse ele, em 2012, para a The Village Voice.

Morrissey também está trabalhando em um novo empreendimento criativo além das músicas para o álbum: um livro de ficção. “Em 2013, eu publiquei minha autobiografia e foi mais bem-sucedida do que qualquer disco que eu já lancei. Então, sim, eu estou a meio caminho do meu romance”, disse ele. “Eu tenho minhas esperanças”;

Ainda que esteja cheio de novidades, Morrissey recentemente lançou uma versão de luxo de Your Arsenal, de 1992, que recebeu quatro estrelas, de cinco no total, da Rolling Stone EUA. 



Publicado em: http://rollingstone.uol.com.br/noticia/morrissey-anuncia-o-nome-do-novo-disco/

sábado, 1 de março de 2014

Há 30 anos, os Smiths lançavam seu primeiro disco


Por Lúcio Ribeiro
Publicado em: http://popload.blogosfera.uol.com.br/page/6/


Você é inglês e vive uma época de desesperança. Pessoal e sonora. A fase política, social e econômica não é boa, e a música que você ouve (você é inglês, logo é fanático por música) reflete esse espírito de fim de mundo. O punk passou destruindo tudo e deixou um pós-punk sombrio, melancólico, deprê, sob uma terra cultural arrasada. O tempo é DARK. De Manchester, o New Order tentava elevar o espírito teen independente inglês com a ultradançante “Blue Monday” e o ícone sorumbático The Cure procurava disfarçar o fundo do poço da alma britânica com fofurices como “The Love Cats”, mas uma banda novinha com um cara esquisito e de voz “diferente” e um guitarrista jeitosamente “diferente” começava a criar um zunzum de que a coisa iria mudar na música inglesa. E essa banda nova lançaria um primeiro disco no dia 20 de fevereiro de 1984, 30 anos hoje. O nome do álbum de estreia traria na capa um sujeito com o dorso nu e olhando para baixo, bem ao estilo da época. O disco levaria o nome da banda: The Smiths.

Em mais uma dessas efemérides musicais que a gente tanto odeia gostar ou gosta de odiar, é preciso falar do que foi para o inglês em particular (e para os indies anos 80 do mundo todo em geral) ouvir naqueles tempos uma música cantada por Morrissey e tocada por Johnny Marr. Porque daí dá para entender a razão de pagarmos pau para os dois até hoje.

O lirismo era peculiar. Numa época dark e nebulosa, ouvir mesmo as músicas tristes
cantadas por Morrissey trazia uma paz de espírito. Mas, se não bastasse uma canção linda atrás da outra, impactantes, singulares dentro da cena pop da época, o que mais pegava eram as letras de Morrissey. Ninguém conseguia arquitetar palavras em frases tão bonitas e ao mesmo tempo simples e sinceras dentro de uma métrica musical como ele. Não à toa, as letras de Morrissey viraram recentemente uma pasta de estudo dentro da renomada Universidade de Cambridge.

E como uma banda escolhe para seu disco de estreia uma canção tão delicadamente triste na música e letra como “Reel around the Fountain”, cujas linhas constituem algo forte como uma carta de amor depois de um abandono, que também projeta mudanças, joga na cora uma confiança integral quando ninguém confiava?

Na sequência mudava tudo. A faixa 2, “You’ve Got Everything Now”, é uma porrada sem perder o lirismo. A letra era uma outra carta de amor pós-abandono, parecia. Mas nessa tinha mais raiva que tristeza. Com algumas confissões no meio.
Foi a primeira música dos Smiths que eu ouvi na vida, graças a um programa que o gênio Kid Vinil tinha na rádio farofa Antena 1, obviamente jogado tipo num horário qualquer na madrugada de terça-feira. Sei lá mais. E graças aos contatos que o Kid tinha na época com comissários de bordo da Varig, que trazia os discos novos para ele, porque as novidades da cena inglesa e americana demoravam alguns meses para chegar por aqui.

A terceira canção de “The Smiths” é um precursor de Nirvana 15 anos antes, no seu estilo agridoce, calmaria-pancadaria, na linha Morrissey, claro. Ou o máximo do punk rock a que os Smiths conseguiam chegar, para manter uma certa sintonia de época. Chamava “Miserable Lie” e daí deste título você tira até onde iria a letra dessa.

O álbum de estreia dos Smiths ainda guardaria pérolas na linha “Hand In Glove”, “Still Ill”, “What Difference Does It Make” e “This Charming Man” (single de 1983 incluído na versão americana dno álbum).

“The Smiths” é um dos dez maiores discos da minha vida. É também um dos 100 maiores álbuns britânicos da história, segundo o “Guardian”. Um dos 100 discos principais dos anos 80, de acordo com a “Rolling Stone”, que também o bota como um dos 100 maiores álbuns de estreia de todos os tempos.

Como homenagem aos 30 anos de “The Smiths”, vou botar alguns trechos das geniais letras do Morrissey. Até hoje são imbatíveis.

1. Reel around the Fountain

Fifteen minutes with you
Well, I wouldn’t say no
Oh, people said that you were virtually dead
And they were so wrong

2. You’ve Got Everything Now

No, I’ve never had a job
Because I’ve never wanted one
I’ve seen you smile
But I’ve never really heard you laugh
So who is rich and who is poor ?
I cannot say … oh

3. Miserable Lie

The dark nights are drawing in
And your humor is as black as them
I look at yours, you laugh at mine
And “love” is just a miserable lie

4. Pretty Girls Make Graves

I could have been wild and I could have been free
But Nature played this trick on me
She wants it Now
And she will not wait
But she’s too rough
And I’m too delicate

5. The Hand That Rocks the Cradle

There’ll be blood on the cleaver tonight
And when darkness lifts and the room is bright
I’ll still be by your side
For you are all that matters
And I’ll love you to till the day I die
There never need be longing in your eyes
As long as the hand that rocks the cradle is mine


6. Still Ill

Under the iron bridge we kissed
And although I ended up with sore lips
It just wasn’t like the old days anymore
No, it wasn’t like those days
Am I still ill ?

7. Hand in Glove

The good life is out there somewhere
So stay on my arm, you little charmer
But I know my luck too well
I’ll probably never see you again
I’ll probably never see you again
I’ll probably never see you again

8. What Difference Does It Make?

Oh, the devil will find work for idle hands to do
I stole and then I lied
Just because you asked me to
But now you know the truth about me
You won’t see me anymore
Well, I’m still fond of you, hh-ho-ho

9. I Don’t Owe You Anything

Did I really walk all this way
Just to hear you say :
“Oh, I don’t want to go out tonight”?
“Oh, I don’t want to go out tonight”
But you will
For you must

10. Suffer Little Children

Over the moor, take me to the moor
Dig a shallow grave
And I’ll lay me down

11. This Charming Man

I would go out tonight
But I haven’t got a stitch to wear
This man said:
“It’s gruesome that someone so handsome should care”

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Whatever Happens, I Love You


MORRISSEY
Admiração e paixão que crescem a cada dia.


Uma das melhores faixas de aberturas de álbums, na minha opinião...


Whatever Happens, I Love You

Nomes, nomes secretos
Mas nunca em meu favor
Mas quando tudo estiver dito e feito
É você quem eu amo

Fria prosa amorosa
Nós roubamos nossas roupas um do outro
Mas quando tudo estiver dito e feito
É você quem eu amo

Lutar por direitos
Todos, oh, tão rápido com conselhos
E quando todos eles disserem o seu preço
Ainda é você quem eu amo
Agora como sempre
(sempre, sempre, sempre)

Swallow On My Neck




Uma andorinha no meu pescoço

Eu andei bebendo todas de novo
Com os rapazes do
Crematório da estrada velha de valhalla
Uns caras chatos com o mesmo papo de sempre

Eu sou um homem simples
Com nada a ganhar ou perder
E não sei por que eu resisti
Tanto tempo a mim e a você

Até ele desenhar
Uma andorinha no meu pescoço
E o que mais eu não vou contar
Ele desenhou uma andorinha, nítida e azul
E logo todo mundo soube

Daí eu fiquei bêbado de novo
Com os caras cheios de papo e entusiasmo
De uma bem conhecida funerária

Eu sou um homem simples
Com nada a ganhar ou perder
‘vivendo e aprendendo'
Nunca se aplica a mim

Até ele desenhar
Uma andorinha no meu pescoço
E o que mais eu não vou contar
Ele desenhou uma andorinha, nítida e azul
E logo todo mundo soube

Você tem me dito
Que eu venho agindo de forma infantil
Tola, medonha e infantil
Oh, eu sei, eu sei, eu sei!
Eu sei, eu sei
Mas eu não ligo
Eu não ligo
Eu não ligo

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Andy Rourke of the Smiths: "I hate it when people say, 'Oh, you're a DJ now'"

Andy Rourke (due at Lipgloss this Friday, January 24, at Beauty Bar) came to the attention of the world as the gifted bass player of the Smiths. Alongside drummer Mike Joyce, Rourke, with his eclectic and creative style, provided a subtle but unmistakable backbone to Johnny Marr's inspired jangle and Morrissey's neo-decadent poetry and theatrically melodramatic vocals.


After the Smiths split in 1987, Rourke has guested on numerous records and contributed to the bass player supergroup Freebass. Beginning with a gig at Lipgloss in 2004, Rourke has also deejayed across the globe -- well, deejayed in the sense of choosing songs from his collection of music to play. Ahead of his return engagement playing some of his favorite music at the classic Denver club night, we spoke with the drily humorous and engaging Rourke about what drew him to the bass in the beginning, his current projects and how in the late '70s most of the Manchester bands practiced in the same run down building.


Westword: What was it about bass that attracted you to playing it?

Andy Rourke: Interesting question, and I'll give you an interesting answer. Me and Johnny [Marr] met at school when we were eleven or twelve and started playing together at that time. We started a band, and at that point, I was on rhythm guitar, and the bass player was terrible. He went on to become a very famous actor on a television show called Coronation Street.

So one day Johnny said, "Why don't you try the bass and let him play the guitar." I said, "Okay, I'll give it a whirl and see what happens." I liked it, and here I am. It was just a new challenge. Something completely different. I had learned classical guitar when I was a kid, and I embraced it, and apparently I got good at it.

When you were playing with Freebass, you were doing the more mid-range-y thing in that band. Do you feel your style gravitated toward those frequencies?

With Freebass, there were no rules really. It was all rather chaotic. Obviously Hooky was playing the high end stuff, which he always does, Mani was doing the bottom end, and I thought I'd go midway and meet everyone in the middle.

You and Johnny were in what has been described as a funk band before The Smiths. How did you get interested in playing that style of music then?

When I started playing the bass, I became kind of fascinated by it and started investigating various styles of bass playing, and I was really struck with funk music, mainly American funk music -- Stanley Clarke, Funkadelic and that kind of stuff. That comes out in a couple of songs like "Barbarism Begins at Home." It's just a style I like. I found it easy to express
myself in that way.

Do you feel you continued playing in that style, or do you feel you changed things up considerably later on?

I became more adaptable, put it that way. You don't want to be a one-trick pony. On a lot of Smiths songs, I used a pick or a plectrum, and for some of the slow songs, I used my thumbs and my fingers. That's why I love the bass -- it's adaptable, and you can express yourself so well with it.

You did an interview with The Daily Beast where you said that in New York people don't ask you to play in their projects as much as you were used to in Manchester. Have you been asked to play on any records recently?

I've got a few things on the boil. I've got my personal project with Olé Koretsky, Jetlag. [Our album has taken] a long time to finish, but we're almost there. I've also had a collaboration with a talented musician called Timothy O'Keefe. I got a random call from his manager and the [project, Daddy, includes the actor James Franco]. I'm helping him with those songs and it should be out in April. It sounds really good so far. I'm also working with a record label called French Kiss and I'm jamming with [two guys at the label including Syd Butler], so we're working on some material. I've done a few remixes here and there, and I DJ all over the place, not so much in New York.

What got you started doing the DJ thing?

Probably about eight years ago. The first time I think Michael Trundle actually booked me and Mike Joyce to play at Lipgloss. And then, I don't know, I think it was just born out of frustration, really, because I wanted to hear the songs that I wanted to hear in night clubs instead of all this shitty music. I enjoy it, and I get to meet people and travel the world.

Is there a particular era of music you focus upon?

I play a lot of classics like, I suppose, indie classics and rock and roll classics. Beatles, Stones, a lot of English music. The Kinks. And more up-to-date stuff. I try to keep up with that, which can be difficult, but I try. I hate it when people say, "Oh, you're a DJ now." No, I'm not a DJ. I will always be a musician. Deejaying is my play time.

Are there particular new artists you enjoy? Probably a lot.

I like Parquet Courts, the Allah Las. I never have set list, I just grab things randomly. I like the Palma Violets, too, as well as Ty Segall. He's a bit laid back. Unknown Mortal Orchestra, I like that stuff. There's so many new bands. In Manchester, when I was growing up, there were five bands in the whole of Manchester:

There was The Fall, there was Joy Division and a couple of others, and that was about it. There was one rehearsal space, and you could hear each other and actually see each other because the walls were rotten. That place was called TJ Davidson. It was right behind Deansgate Station. I think it's demolished now because it was an unsafe building.




Publicado em: http://blogs.westword.com/backbeat/2014/01/interview_andy_rourke_the-smiths.php

Andy Rourke no Brasil



Informações, visitar site oficial do Andy: http://andyrourke.com/

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Last night I dreamt that somebody love me


Estou terminando de ler a Mozipédia, e um dos trechos mais bacanas que li foi o verbete de Last night I dreamt that somebody love meFiquei muito emocionada com o que li, pois para mim, esta música sempre foi uma das mais tocantes não só dos Smiths, mas da música em geral. Talvez nem seja uma das minhas favoritas deles, mas teve um impacto grande na minha adolescência. Como eu costumo dizer, "tem coisas que marcam". 

Para Johnny Marr, é a faixa que resume o espírito do grupo mais do que todas as outras. "Tem drama, poesia e uma intensidade quase gótica. É uma efusão de pensamentos. Como um pequeno filme. Vai além de quatro pessoas tocando rock'n'roll, o que parece grandioso, mas eu sinto que ela tem certo classicismo. Quase operístico".

Segundo o autor do livro, Simon Goddard, "É difícil imaginá-los superando-a. Morrissey não conseguiu. Nem Marr. É improvável que eles ou qualquer outra pessoa um dia consigam". 



Na noite passada eu sonhei
Que alguém me amava
Nenhuma esperança, nenhum dano
Apenas outro alarme falso

Na noite passada eu senti
Braços reais me abraçando
Nenhuma esperança, nenhum dano
Apenas outro alarme falso

Então, me diga quanto tempo faz
Antes da última pessoa?
E me diga quanto tempo faz
Antes da pessoa certa?

A história é velha - eu sei
Mas continua
A história é velha - eu sei
Mas continua



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Morrissey vai lançar álbum em 2014


Ex-Smith confirmou que está trabalhando no 10º disco solo.
Ele assinou novo contrato com a Capitol/Harvest Records.




Morrissey fechou um acordo com a Capitol/Harvest Records, subsidiária da Universal, para lançar seu décimo álbum solo ainda no segundo semestre deste ano, segundo informações do site do "Guardian".
Segundo comunicado divulgado pelo cantor e compositor britânico, que lançou sua autobiografia em outubro, ele está "emocionado" com o novo contrato.
Morrissey, de 54 anos, confirmou que começou a trabalhar em seu disco e que planeja gravá-lo na França no final deste mês, com sua banda de longa data, formada por Boz Boorer (guitarra), Jesse Tobias (guitarra), Solomon Walker (baixo), Matthew Walker (bateria) e Gustavo Manzur (teclados). O último disco de estúdio de Morrissey, "Years of refusal", foi lançado em 2009.
As gravações serão produzidas por Joe Chiccarelli, americano que trabalhou com Jason Mraz, Strokes, Keaton Henson e Mika. As datas dos shows para 2014 também devem ser anunciadas em breve.


Publicado em: http://g1.globo.com/musica/noticia/2014/01/morrissey-vai-lancar-album-em-2014.html